sexta-feira, 17 de junho de 2011

Klowyz Valperes apresenta a instalação ‘Contestado: Sobras de um Conflito’. Segundo o artista: “Há muitas formas de um trabalho artístico influenciar, provocar, reinventar novos significados, e principalmente, informar. A obra ‘Contestado: Sobras de um Conflito’, realizado desde 2007, tem esta responsabilidade. Como obra história, resgata para o público o conflito do contestado, ocorrido nas regiões contestadas, envolvendo o norte de Santa Catarina e sul do Paraná, na época ainda sem definição a quem pertenceria aquela extensa região. Mais do que uma instalação, esta obra, é um púlpito, um altar, algo para lembrar o expectador às mazelas de um conflito sem nexo, em que não há vencedores, e sim muitos perdedores, como o morador da região contestada, vítima da violência e ganância do ser humano”. Por se tratar de uma instalação, esta obra a cada momento expositivo, ganha modificações, adaptativas ao local escolhido para a mostra. Não exige modificações no ambiente, ao contrário, deverá se adaptar ao ambiente e ao expectador.

Miah Jeane, na Revista ‘QI Fanzine’, apresenta o texto ‘Crânios que falam’ sobre o artista e a obra: “(...) vamos falar da obra, ou melhor, de um projeto artístico, já que o artista (Klowyz ) desenvolve projetos ligados ao tema desde o ano de 1997. A obra não precisa necessariamente ter um tempo final, ou um formato definido, ela vai recebendo informações no decorrer do tempo, na medida em que o artista vai cada vez mais depurando sua obra, e é exatamente o que Klowyz faz com Contestado: Sobras de um Conflito. Como um fanzine, que se adapta a qualquer situação para sobreviver, a obra de Klowyz é, antes de tudo, camaleônica... Natural da região onde houve o conflito, o artista queria trazer à tona o sofrimento e a angústia da população, tratada como arruaceira pela capital, oprimida pela força federal de um lado, e do outro, a ferocidade fanática dos messiânicos. O artista conta de um fato ocorrido na região de Calmon, Santa Catarina, onde foram massacradas várias famílias de colonos, e seus filhos decapitados. Esta crueldade sem sentido é o que o artista tenta resgatar. Hoje, ele busca, como um artista histórico-arqueólogo, escavar estes acontecimentos, desenterrar os fatos, e revelá-lo de forma direta ao expectador da obra.

(...) Em 2008 a obra ganha ainda mais símbolos regionais, como os pinhões espalhados pelo ambiente. O signo do crânio já não grita só, as sementes da araucária, arvore símbolo do estado e uma das causas do conflito, pela exploração de sua nobre madeira (...) Em 2009 a instalação ganha às ruas obra é vista nas praças, nas esquinas, calçadas, em frente das casas noturnas (...) seminários de medicina, história, geografia, educação física de diversas universidades, que a princípio nada tem a ver com arte, recebem a mostra de forma desconfiada (...)como uma caverna, escura e misteriosa, o ambiente é descoberto pelo expectador (...)

Klowyz Valperes é o pseudônimo de Clóvis Renato Valperes, nascido em 1976 em Porto União – SC. Trabalhou como câmera em uma emissora de TV em Balneário Comburiu SC, onde morava, até vir para Curitiba PR, onde freqüentou os cursos de artes oferecidos pelo SESC da capital. Formou-se em 2008 em Desenho pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP. Pós-graduando em História da Arte Moderna e Contemporânea, pela mesma instituição. Pesquisa atualmente o universo do fanzine na capital paranaense, escrevendo alguns artigos sobre o tema. É artista plástico, professor, e faz direção de arte em filmes, assinando o roteiro de alguns curtas. Atualmente trabalha na conclusão do curta-metragem ‘Dez Centavos e um Cigarro Solto’, escreve um roteiro para um documentário sobre a vida inicial de novos artistas e trabalha na série de pinturas a óleo clássicas ilustrando as principais batalhas do Contestado. Principais trabalhos: 2003, ‘Desenhos’: Séries de desenhos a grafite e aquarelas; e ‘Baleiro’: Séries de interferências em peças antigas de antiquários; 2007, ‘Contestado: Sobras de um conflito’; 2008, ‘Fugas’: Séries de esculturas em arame; 2009, Curta metragem ‘Outros Olhos’ – Direção de arte. 2009, ‘Projeto Descontinuidades’ (séries de) Vídeo-arte.

Contato com o artista: klowyz@gmail.com




Adriana Brzezinska, filha do artista plástico João Ozório Brzezinski (Castrense que Brilha) apresenta pinturas, fotografias, gravuras, colagens e desenhos em uma única exposição: ‘Porosidade’. Utilizando-se de técnicas e materiais como: grafite, carvão, tinta óleo, cera de abelha, grafite em pó, caulim, pó de mármore, serigrafia, xerox, entre outros, remete a sua produção a ampla investigação da matéria, abordando o tangível entre o corpo humano e o ambiente. Onde Porosidade é estritamente relativa à permeabilidade, ao estado relacional.

Adriana é Bacharel em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná –EMBAP, 1998; com Especialização em História da Arte do Século XX – EMBAP, 2000; e Recebeu primeiro prêmio, viagem para Paris, no Salão de Arte Graciosa, 2003; e primeiro prêmio no Salão de Artes de Paranaguá, 1999 – MASP/SP. Em 1997, foi selecionada pelo Prêmio Phillips para Novos. Algumas Atividades Artísticas: 1996, ‘Semana Belasartina’ - EMBAP; 1997, 13º Salão Banestado para Artistas Inéditos; 1998, Exposições Itinerantes pela Secretaria de Cultura do Estado; e ‘Exposição XXXXX’ EMBAP; 1999, ‘Adriana Brzezinska, Paulo Carapunario e Solange Bochnia’ - Palácio Iguaçu; 2000, Salão de Campo Mourão – Mensão Honrosa; 2003, Salão Paranaense; ‘Adriana Brzezinska, Fernando Vellozo e Mazé Mendes’ – Clube Curitibano; ‘8 Semanas de Arte’;’ Mediações’ – Memorial de Curitiba; ‘Proximidade e Vizinhança’ – Casa Andrade Muricy; 2004, ‘Ruído e Matéria’ – Museu de Arte de Joinville; 2005, ‘Projeto Imagine’ – Colônia Faria; 2005, ‘Universo Feminino’ – Museu Alfredo Andersen; 2007, ‘Antes do Movimento’ – BRDE; e ‘Corpos Líquidos e Sólidos’ – Hospital VITA; 2010, ‘Olaria’ – Museu Alfredo Andersen.

Contato com a artista: adribrz@gmail.com

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